Novo Banco: o filho (mau) do regime
800 milhões de euros. É
quanto o Estado português irá injetar no Novo Banco, na sequência dos prejuízos
históricos que o banco registou em 2017.
A verba sairá do Fundo de
Resolução, criado na altura da implosão do Banco Espírito Santo.
Todos nós somos contribuintes.
E todos nós, ou a maioria de nós, sabe que depois do que aconteceu há dez anos,
com as crises financeira e bancária, a proteção da banca é e será condição
primeira para qualquer Governo.
Porém, nada do que agora está
a acontecer nos surpreende. Mais: já tínhamos inclusivamente sido avisados.
«O Novo
Banco nunca foi um banco bom desde que foi criado a 3 de agosto de 2014 e
existe o risco de os contribuintes virem a ter de suportar prejuízos
relacionados com o banco».
A frase é de Mário Centeno, ministro das Finanças,
em janeiro deste ano. Um aviso que serve para todas as injeções. E, claro, para
todos os futuros.
As injeções
de capital, mesmo depois da compra da Lone Star, que injetou mil milhões de
euros no Novo Banco, são algo que estiveram e estão sempre em cima da mesa.
Só é
lamentável que os contribuintes e, no caso, o povo português, continue a pagar
os festins da banca nacional, os buracos que outros fizeram, a vergonha que
gestores de topo deste país não tiveram.
Veremos até
quando é preciso continuar a alimentar os alicerces que há muito foram
derrubados.
*Crónica de 2 de abril, na Antena Livre, 89.7, Abrantes. OUVIR.
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